ADEPTOS DO SPORTING DETIDOS POR ATAQUE INCENDIÁRIO A APOIANTES DOS SUPER DRAGÕES
Três adeptos do Sporting, com idades entre os 22 e os 26 anos, foram colocados em prisão preventiva após protagonizarem um ataque violento a apoiantes do Futebol Clube do Porto, na passada terça-feira, 10 de junho, na zona do Lumiar, em Lisboa.

O incidente ocorreu após o jogo de hóquei em patins entre os dois clubes, disputado no Pavilhão João Rocha, e resultou no incêndio intencional de uma viatura com vários ocupantes ligados à claque portista Super Dragões.
Segundo as autoridades, os suspeitos, que actuaram integrados num grupo de entre 10 a 20 pessoas, emboscaram vários carros nas imediações do recinto desportivo, utilizando artefactos pirotécnicos. Um dos veículos foi incendiado com uma tocha ou engenho incendiário, deixando dois adeptos feridos com gravidade, que necessitaram de hospitalização no Hospital de Santa Maria. As perícias confirmaram a exposição dos detidos a fogo e líquidos inflamáveis.
Os três homens foram detidos pela PSP junto ao pavilhão durante um jogo de futsal, sendo posteriormente entregues à Polícia Judiciária. Estão agora formalmente indiciados por cinco crimes de homicídio qualificado na forma tentada, ofensas à integridade física qualificadas, incêndio, roubo e posse e uso de armas proibidas. O Ministério Público justificou a necessidade de prisão preventiva com a gravidade dos factos e o risco de continuação da actividade criminosa.
A Polícia Judiciária confirmou que os suspeitos fazem parte de um grupo mais alargado ainda por identificar, e que o ataque teve como motivação principal rivalidades entre claques organizadas.
As investigações continuam no sentido de localizar os restantes membros do grupo envolvido na emboscada.
O Conselho Superior da Magistratura informou que a prisão preventiva poderá vir a ser substituída por prisão domiciliária, caso se verifiquem os pressupostos legais.
O caso gerou uma onda de indignação no mundo desportivo e levou os presidentes de ambos os clubes a condenarem publicamente os actos de violência.
Frederico Varandas, pelo Sporting, e André Villas-Boas, pelo FC Porto, apelaram ao fim das hostilidades entre adeptos e exigiram um reforço das medidas de segurança em eventos desportivos. A rivalidade entre clubes, afirmaram, "não pode ultrapassar os limites da convivência civilizada".