BANCO MUNDIAL PIORA PREVISÃO DE CRESCIMENTO ECONÓMICO DE ANGOLA
O Banco Mundial reviu em baixa a previsão de crescimento económico de Angola, passando dos 2,7% estimados em Abril para 2,3% em 2025, e prevê que o país mantenha expansões abaixo dos 3% até, pelo menos, 2028, devido à fraca evolução do sector petrolífero.
Angelino Katchama 
A informação foi divulgada nesta terça-feira, 7 de Outubro, em Washington, nas vésperas dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que terão lugar na próxima semana.
Após um forte crescimento de 4,4% em 2024, a economia angolana abrandou no primeiro semestre de 2025, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer apenas 2,3%, reflexo da contínua contracção da produção petrolífera, segundo o relatório Pulsar de África.
No documento, que revê em baixa a previsão de 2,7% para 2,3% neste ano, os economistas do Banco Mundial estimam que Angola cresça 2,6% em 2026 e 2,8% em 2027. A inflação deverá manter-se acima dos 20% em 2025, descendo gradualmente para 14,7% em 2026 e 12,6% em 2027.
“A recuperação da actividade económica foi impulsionada principalmente pelos sectores não petrolíferos, nomeadamente informação e comunicação, alojamento e restauração, extracção de diamantes e minerais metálicos, e indústria transformadora”, lê-se no relatório.
O documento sublinha que Angola continuará a crescer abaixo da média regional da África Oriental e Austral, divisão geográfica usada pelo Banco Mundial nos seus relatórios. Enquanto a região deverá crescer 3,2% este ano e acelerar para uma média de 4,1% entre 2026 e 2027, Angola manter-se-á abaixo dos 3%, tal como a África do Sul, o que afecta a média regional.
“Excluindo estes dois grandes países, a sub-região deverá crescer 3,3% em 2024, 4,7% em 2025 e estabilizar numa taxa mais elevada de 5,9% em 2026 e 2027”, acrescenta o Banco Mundial.
Além de registar um crescimento inferior ao da região, Angola também apresenta níveis de inflação mais elevados. O Banco Mundial recorda que, após um pico de 9,3% em 2022, na sequência da pandemia de Covid-19, a inflação global recuou para 4,5% em 2024 e deverá rondar os 4% em 2025, enquanto Angola permanecerá entre os nove países africanos, incluindo São Tomé e Príncipe, com inflação acima dos 10% neste ano.
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