DADOS PROVISÓRIOS APONTAM PARA 22 MORTES E 197 FERIDOS EM LUANDA

O ministro do Interior, Manuel Homem, anunciou esta quarta-feira, 30 de Julho, que os últimos acontecimentos registados em Luanda resultaram em 22 mortos, 197 feridos e mais de 1.200 detidos.

DADOS PROVISÓRIOS APONTAM PARA 22 MORTES E 197 FERIDOS EM LUANDA

Desde segunda-feira, 28 de Julho, data em que teve início a greve dos taxistas, que decidiram permanecer em casa, cidadãos de vários bairros da capital têm protagonizado protestos que culminaram na vandalização de 66 estabelecimentos comerciais, 25 viaturas e em danos a várias agências bancárias.

Segundo os dados oficiais, 1.214 cidadãos encontram-se detidos, devendo ser responsabilizados por crimes diversos.

Durante os protestos, muitos dos quais resultaram em actos de pilhagem, o ministro avançou, à margem da 7.ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, que as zonas mais afectadas foram os municípios de Cacuaco, Viana, Belas, Cazenga, Maianga, Camama e Kilamba-Kiaxi.

“A situação de segurança pública no país é calma. Os órgãos do Ministério do Interior estão mobilizados, com forças e meios, para garantir a estabilidade que se impõe”, declarou Manuel Homem.

O ministro apelou ainda à comunidade estrangeira residente em Angola, garantindo que as autoridades permanecerão empenhadas em manter a ordem pública, evitando perturbações que possam comprometer a vida social de todos os cidadãos.

Os incidentes registaram-se também, para além de Luanda, nas províncias de Icolo e Bengo, Benguela, Huambo e, a partir desta quarta-feira, 30 de Julho, em Malanje.

Face ao ambiente actual, várias empresas foram forçadas a encerrar as suas portas, sem data prevista para retomar as actividades.