SOCIEDADE CIVIL DESCONTENTE COM AUMENTO DE CRIANÇAS A COMERCIALIZAR NA VIA PÚBLICA
Os cidadãos luandenses manifestaram indignação perante o aumento de crianças a comercializar produtos diversos na via pública, como forma de garantir o sustento diário.
A equipa de reportagem do Ponto de Situação esteve, na tarde desta terça-feira, 12 de Agosto, no mercado Tchimbua, na Vila do Gamek, para auscultar a população sobre as razões que levam os mais pequenos a exercer actividade comercial.
Vitória Luís Bumba, de 29 anos, vendedora no referido mercado, frisou que as crianças recorrem à venda devido às dificuldades enfrentadas pelos pais.
Por sua vez, Félix Welema, de 40 anos, comerciante há vários anos, afirmou que há pais e encarregados de educação que utilizam os filhos para sustentar o lar, defendendo que estes devem ser punidos criminalmente.
Com um tom inocente e a esperança num futuro melhor, o menor Nelo Jaime, de 11 anos, contou aos nossos microfones que vende cebolas há dois anos, pois a mãe encontra-se doente, cabendo-lhe a si sustentar a casa.
Para Alberto Luamba, professor de 34 anos, esta prática constitui um atentado ao futuro das crianças. O docente apelou às famílias para impedirem que os filhos permaneçam confinados aos mercados e exortou o Governo a criar políticas que melhorem o bem-estar das famílias, de modo a minimizar a situação.
“As crianças devem estar na escola”, realçou Alberto Luamba.
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