MOVIMENTO DOS ESTUDANTES ANGOLANOS LIDERA PROTESTO CONTRA AUMENTO DAS PROPINAS
O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) prepara-se para sair às ruas de Luanda, neste sábado, 19 de Julho, em protesto contra a recente decisão de aumento do valor das propinas nas instituições privadas do ensino superior.
A medida, anunciada nos últimos dias, estabelece que, a partir do próximo ano lectivo, os estudantes enfrentarão um acréscimo de 20,74 por cento nas propinas, percentagem que o MEA considera desproporcionada, tendo em conta o contexto económico e social das famílias angolanas.
Tal como havia sido anunciado pelo presidente do MEA, Francisco Teixeira, os protestos são uma resposta directa ao agravamento dos custos do ensino superior privado.
Sob o lema “A educação não é um negócio, a educação é um direito. Diga não à subida das propinas”, o movimento estudantil promete também manifestar-se contra o encerramento dos cursos de Enfermagem e Análises Clínicas, a subida do preço dos combustíveis e a inexistência de transportes públicos gratuitos destinados aos estudantes.
Inicialmente previsto para culminar no Ministério das Finanças, o percurso da manifestação foi alterado nas últimas horas, por orientação do Governo Provincial de Luanda, comunicada na noite de sexta-feira, 18 de Julho.
De acordo com o documento a que a redacção do Ponto de Situação teve acesso, o Governo Provincial confirmou a recepção da notificação feita pelo MEA e autorizou o itinerário, que terá início na Rua Ngola Kiluanje, prosseguirá pela Rua Cónego Manuel das Neves, seguirá pela Avenida Ho Chi Minh, e terminará no Largo do Soweto.
O mesmo documento refere ainda que o Governo viabilizou a manifestação e recomenda a observância das condições de segurança pública, bem como o ajuste do itinerário.
Recorde-se que, recentemente, Francisco Teixeira criticou o facto de os estudantes não terem sido consultados nas reuniões entre o Executivo e as associações representativas das instituições privadas de ensino superior, aquando da decisão de alterar o valor das propinas.
“Um aumento até 5% pode ser aceitável, desde que haja diálogo e base legal. Acima disso, é ilegal e se a lei não for respeitada, não vamos recuar. Manteremos a nossa posição até que seja feita justiça”, garantiu o líder estudantil.
ACOMPANHE A RECENTE CONFEREÊNCIA DE IMPRENSA DO MEA CLICANDO AQUI!