ANGOLA REGISTA ALTA NA AGRICULTURA E QUEDA NA PECUÁRIA
A produção agrícola em Angola cresceu 1,7% na campanha 2023/24, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar do aumento, o sector pecuário registou uma quebra acentuada, sobretudo na carne caprina, nos ovos e no leite, em comparação com o período anterior.
Angelino Katchama 
O Anuário Estatístico da Agricultura e Florestas 2024, publicado pelo INE, indica que a área semeada aumentou 2,3%, totalizando 6,17 milhões de hectares, dos quais mais de 90% são explorados pelo setor familiar.
A produção global de culturas vegetais atingiu 28 milhões de toneladas, correspondendo a um acréscimo de 1,7%. As raízes e tubérculos mantêm-se na liderança, com 14,58 milhões de toneladas (52% do total nacional), destacando-se a mandioca, que representa mais de 80% desse grupo, seguida pela batata-doce.
As frutas também registaram crescimento expressivo, alcançando 6,9 milhões de toneladas, com a banana a corresponder a três quartos da produção. Já os cereais atingiram 3,52 milhões de toneladas. Em sentido contrário, as hortícolas caíram 28,7%, para 2,36 milhões de toneladas, apesar da relevância do tomate e da cebola.
O sector pecuário, por sua vez, registou uma contração de 2,5% na produção de carnes, que se fixou em 333,2 mil toneladas. A carne caprina, a mais consumida no país e responsável por 46% da oferta, caiu 10%, para 153,1 mil toneladas. Também a carne suína (-1,8%) e a ovina (-3,7%) registaram quebras, enquanto a bovina (+3,9%) e a de aves (+8,1%) registaram aumentos significativos.
Nos produtos de origem animal, a descida foi ainda mais evidente. A produção de ovos caiu 12,3%, para 2,42 mil milhões de unidades, e a de leite recuou 12,6%, para 5,5 milhões de litros.
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