COMUNICAÇÃO ASSERTIVA: A CHAVE PARA UM BOM COMUNICADOR

O formador de oratória José Miguel destacou, em entrevista ao Portal Ponto de Situação, a importância da comunicação assertiva tanto nas relações interpessoais como no ambiente de trabalho, sublinhando que se trata de uma competência essencial para evitar conflitos e promover o diálogo honesto.

COMUNICAÇÃO ASSERTIVA: A CHAVE PARA UM BOM COMUNICADOR
Imagem: Luzia Quissanga

Segundo o especialista, comunicar de forma assertiva é “expressar opiniões, desejos e sentimentos de forma clara, directa e respeitosa”, uma habilidade que considera fundamental para o sucesso profissional e pessoal.

Confrontado com a proliferação de centros e cursos de oratória, José Miguel vê nesse fenómeno um sinal positivo.

“Se todos actualmente querem ser comunicadores, estamos num bom caminho, é sinal de que estamos a descobrir a ferramenta que nos leva ao sucesso”.

Contudo, o formador alerta para os riscos de pessoas sem preparação adequada assumirem o papel de formadores.

 “É preciso fazer um curso de oratória, entender a pirâmide da comunicação, dominar a pedagogia e realizar formação específica para formadores. Quando não se tem domínio da comunicação assertiva, em vez de formar, deforma-se”, advertiu.

José Miguel aponta ainda como consequências dessa má formação a ausência de ligação entre orador e público, por existir muitos comunicadores ou palestrantes que, ao discursar, não olham para as pessoas nem criam conexões.

Perante este contexto, garante ser o resultado de uma formação deficiente.  

Para o especialista, a responsabilidade recai tanto sobre os centros que recrutam formadores “incapacitados” como sobre os próprios que acreditam que, apenas por terem feito um curso de oratória, já estão aptos a formar outros.

Entre as características de um bom comunicador, José Miguel destaca a confiança, a clareza e a adaptação ao público.

“Com a minha família comunico-me em Kikongo, porque nos entendemos melhor assim. A comunicação deve ser feita de acordo com a compreensão de cada grupo”, exemplificou.

O formador  sublinha ainda que os comunicadores não podem limitar-se à sua origem ou língua.

 “Eu preciso olhar-me não só como alguém de Tomboco, mas como um comunicador para Luanda, Angola e o mundo”, concluiu.

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