PRECONCEITO AFASTA ALBINOS DA CONVIVÊNCIA SOCIAL

O albinismo é uma condição genética rara, caracterizada pela ausência ou diminuição da melanina, pigmento responsável pela cor da pele, dos cabelos e dos olhos. Por apresentarem estas características, muitos cidadãos albinos acabam por enfrentar preconceito e afastam-se da convivência social.

PRECONCEITO AFASTA ALBINOS DA CONVIVÊNCIA SOCIAL
PRECONCEITO AFASTA ALBINOS DA CONVIVÊNCIA SOCIAL
PRECONCEITO AFASTA ALBINOS DA CONVIVÊNCIA SOCIAL

As pessoas com albinismo apresentam, geralmente, pele muito clara, cabelos brancos ou loiros muito claros e olhos cuja coloração pode variar entre azul claro, castanho, rosado ou mesmo cinza-azulada pálida.

O Ponto de Situação saiu às ruas de Luanda para ouvir diferentes opiniões sobre esta realidade.

Joelson Pinheiro, de 42 anos, referiu que já não tem presenciado actos directos de discriminação contra albinos, mas sim um afastamento voluntário destes, por receio de serem discriminados.

Já Silmara Fernandes sublinhou que o albinismo resulta da falta parcial ou total de melanina, recordando que os períodos de maior calor são os mais penosos devido à vulnerabilidade ao sol.

“Ninguém tem culpa de ter nascido albino. A sociedade devia deixar o preconceito de lado e os meios de comunicação falar mais sobre o tema, para abrir os olhos e a mentalidade dos angolanos”, defendeu.

Por sua vez, Adenislau Cagambe apontou a desinformação como um dos factores que alimentam preconceitos.

 “Já ouvi relatos de pessoas que acreditam que uma mulher grávida não pode ter contacto com um albino, sob pena de o bebé nascer com as mesmas características”, partilhou.

O estudante Laurindo Fernando reforçou que o albinismo não é uma doença, mas sim uma condição genética rara e espera por parte da  sociedade um convívio salutar com esta franja social sem preconceito.

 O ordenamento jurídico angolano, estabelece que todos os cidadãos são iguais e que ninguém deve ser maltratado pelo tom de pele ou por qualquer tipo de diferença.

Especialistas na área da saúde, como os geneticistas, continuam a estudar a origem do albinismo e a orientar famílias, no sentido de promover maior compreensão e inclusão.

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