CONCORRÊNCIA DO AR CONDICIONADO: CIENTISTAS CHINESES DESENVOLVEM CIMENTO RESFRIANTE
Investigadores da Universidade do Sudeste da China desenvolveram recentemente um tipo de cimento capaz de manter o interior dos edifícios naturalmente fresco, reduzindo assim a dependência do ar condicionado.
Redacção
Num contexto de crise climática cada vez mais severa e de busca urgente por soluções sustentáveis, os cientistas acreditam que esta inovação poderá transformar-se numa alternativa viável, tanto do ponto de vista ambiental como económico.
Entre as vantagens destacadas, sublinha-se a diminuição dos gastos com energia eléctrica, factor que poderá contribuir para mitigar o aquecimento global.
A descoberta foi detalhada num artigo publicado na revista Science Advances, tronada pública na última semana de Agosto.
Segundo os responsáveis pelo projecto, o novo material apresenta uma composição química distinta da versão tradicionalmente usada na construção civil. A fórmula inédita consegue reduzir a temperatura ambiente até 5,4ºC, funcionando como substituto parcial da refrigeração artificial.
Cálculos efectuados através de algoritmos de inteligência artificial sugerem ainda que esta nova fórmula poderá tornar-se carbono negativa dentro de cerca de 70 anos, um feito notável, considerando que a construção civil é actualmente um dos sectores que mais contribui para as emissões de gases com efeito de estufa a nível mundial.
De acordo com os investigadores, a aplicação em larga escala deste cimento abre caminho para cidades mais frescas e sustentáveis. O material poderá ser utilizado em paredes, pavimentos e telhados, apresentando maior eficácia do que outras soluções semelhantes já em estudo.
Para além de proporcionar maior conforto térmico, a inovação reduz significativamente o consumo de energia e atenua a necessidade de recurso ao ar condicionado, considerado um dos grandes “vilõ es” da factura da luz.
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