POPULARES DENUNCIAM CONSTANTES ASSALTOS NO BAIRRO MILITAR E PEDEM ESQUADRA POLICIAL

Os moradores do bairro Militar, no município de  Talatona, dizem viver um clima de medo e insegurança, face ao aumento de assaltos na zona e apelam por construção urgente de uma esquadra policial para restabelecer a ordem e a tranquilidade pública.

POPULARES DENUNCIAM CONSTANTES ASSALTOS NO BAIRRO MILITAR E PEDEM ESQUADRA POLICIAL

Relatos de pessoas vítimas de assaltos e agressões físicas em plena luz do dia são constantes, com os autores, na sua maioria, a residirem na própria zona.

“Nós sabemos que estes jovens não vêm de longe, moram mesmo aqui”, contou Tito Carlos, morador do bairro.

Uma anciã de 57 anos recordou que, em anos anteriores, a situação era diferente, mas que desde 2018 a criminalidade tem vindo a aumentar de forma significativa.

“Há algum tempo, uma jovem foi agredida aqui e ninguém interveio por medo. Se tivéssemos uma esquadra policial, isto não aconteceria”, lamentou a cidadã, que preferiu não gravar entrevista.

Segundo a mesma fonte, mais de vinte pessoas já perderam a vida no bairro, acusando a Polícia Nacional de contribuir para o agravamento da criminalidade devido à ausência de policiamento há vários anos.

Também Tito Carlos relatou ter presenciado, recentemente, um assalto a uma jovem, por volta das 10h00, perpetrado por dois indivíduos armados com faca, catana e machado. “Não pude fazer nada, estava em risco de vida”, confessou.

O clima de medo é generalizado entre os moradores do bairro Militar. Daí o apelo urgente à intervenção da Polícia Nacional e à instalação de uma esquadra fixa ou, pelo menos, de uma esquadra móvel.

Bela, outra moradora, visivelmente indignada, contou que, nesta terça-feira, 23 de Setembro, uma jovem de cerca de 20 anos foi assaltada por um adolescente armado com uma faca, em plena luz do dia.

“Ainda nem chegámos a Dezembro e já estamos a viver isto. Imagine quando chegar a época festiva, será um pesadelo”, desabafou.

Há mais de cinco anos que os moradores denunciam o aumento da criminalidade sem que, segundo dizem, haja qualquer resposta eficaz das autoridades.

“As mulheres são as principais vítimas, quer de dia, quer de noite”, reforçou Tito Carlos.

A equipa do Ponto de Situação tentou ouvir outros moradores, mas muitos recusaram falar, alegando desconfiança e descrença na resolução do problema.

 “Não quero falar nada. Sei que não vai mudar nada, então não adianta”, disse uma moradora, visivelmente nervosa.

Apesar das dificuldades, alguns residentes forneceram informações de forma reservada, reforçando a gravidade do problema que parece não ter fim.

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