ADMINISTRADORA DO CUITO APELA AOS GESTORES HOSPITALARES PARA MELHORAR O ATENDIMENTO APÓS VISITA SURPRESA

A Administradora Municipal do Cuito, Ângela Dolina Albino Chicomo Uqueanga, realizou uma visita surpresa ao Hospital da Centralidade do Cuito, de onde saiu visivelmente descontente com o estado de funcionamento da unidade sanitária.

Na sequência, convocou de emergência uma reunião com os gestores das unidades hospitalares do município, durante a qual recomendou a melhoria do atendimento aos pacientes e maior sentido de responsabilidade por parte dos profissionais de saúde.

De acordo com um vídeo que circula nas redes sociais, a administradora surge a desenvolver actividade de campo no hospital da centralidade, onde manifestou desagrado face à realidade observada.

“Cheguei e vi apenas duas pessoas a trabalharem. Crianças e famílias que chegaram às seis horas da manhã, com febre, ainda não tinham sido atendidas às dez e meia”, declarou a administradora, dirigindo-se a um dos profissionais presentes.

Revoltada, lamentou a falta de higiene nas instalações, a ausência de lençóis nas camas, bem como o facto de pacientes dormirem descobertos ou cobertos com panos trazidos de casa.

“Pacientes internados desde ontem passaram a noite com fome e hoje nem matabicho tiveram. São crianças sob medicação”, lamentou.

Durante a inspecção, a administradora constatou ainda que alguns profissionais escalados para o serviço no último sábado não estavam no local de trabalho, facto que agravou o seu descontentamento.

A situação deixou-a ainda mais inquieta ao verificar que o soro já terminado permanecia ligado a uma paciente, sem que ninguém tivesse retirado o material.

“Nem sequer fecharam. O soro acabou há muito tempo…”, observou, indignada.

Perante o cenário, Ângela Uqueanga exortou os profissionais de saúde a exercerem a função com amor ao próximo, sublinhando que situações desta natureza não devem voltar a repetir-se.

Na terça-feira, 28 de Outubro, a Administradora Municipal do Cuito reuniu com os gestores das unidades sanitárias locais, apelando à melhoria das condições de atendimento e vigilância no cumprimento das escalas de trabalho.

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