ESTUDO REVELA QUE 80% DOS TRABALHADORES JÁ SE APAIXONARAM POR COLEGAS

Uma pesquisa realizada em Janeiro deste ano, com base em 632 trabalhadores norte-americanos, revelou que quase 80% dos inquiridos que já estiveram ou estão envolvidos num romance no local de trabalho se relacionaram com colegas directos, enquanto 10% assumiram relações com subordinados e 18% com superiores hierárquicos.

ESTUDO REVELA QUE 80% DOS TRABALHADORES JÁ SE APAIXONARAM POR COLEGAS

O estudo, levado a cabo pela Sociedade para Gestão de Recursos Humanos (SHRM), dos Estados Unidos da América (EUA), mostra que o amor também circula nos corredores profissionais. Dois em cada cinco trabalhadores afirmaram conhecer alguém que, actualmente, mantém um relacionamento no local de trabalho.

Segundo o relatório, 75% dos participantes disseram sentir-se confortáveis com a existência de relações amorosas entre colegas de profissão, e 83% garantem respeitar, ou que respeitariam, quem assumisse um romance nestas circunstâncias.

Do flerte ao compromisso

O levantamento evidencia que as experiências variam de simples flertes a relações formais. Quarenta por cento dos trabalhadores admitiram ter flertado com alguém do trabalho, quase um quarto afirmou ter saído para encontros, e 17% declararam ter vivido um relacionamento oficial com um colega.

Além disso, 25% dos inquiridos referiram estar abertos a iniciar um romance no local de trabalho. Entre gerações, os mais jovens destacam-se: Millenials e Geração Z (33%) mostraram-se mais disponíveis para esse tipo de experiência do que os da Geração X (27%), Baby Boomers e Tradicionalistas (23%).

Relações que dividem opiniões

Apesar da elevada percentagem, nem todos encaram a situação de forma positiva: 40% dos trabalhadores consideram os romances no ambiente profissional como pouco apropriados.

Entre aqueles que já viveram um relacionamento no trabalho, a maioria indicou que a ligação começou em encontros presenciais (79%). Outros canais também tiveram peso: chamadas telefónicas (55%), mensagens directas (46%) e convívios relacionados com o trabalho, como festas ou “happy hours” (27%).

Johnny C. Taylor Jr., presidente e director executivo da SHRM, lembrou que, em média, uma pessoa passa cerca de 90 mil horas da sua vida no trabalho, pelo que não surpreende que muitos procurem criar laços mais próximos. Ainda assim, alertou para a necessidade de políticas claras nas empresas sobre romances entre funcionários, como forma de prevenir casos de favorecimento, retaliação ou assédio.

O estudo conclui ainda que 71% dos trabalhadores afirmaram que o seu empregador não exige a divulgação de relacionamentos amorosos entre colegas. Embora 87% dos que viveram estas relações garantam que questões profissionais não influenciaram os términos, 13% reconheceram que o trabalho acabou por pesar na decisão.

Curiosamente, quase um em cada cinco admitiu que o envolvimento amoroso no trabalho trouxe impactos negativos para a sua carreira.